sexta-feira, 27 de abril de 2018

O Negrinho

Lá vai o negrinho
Descendo à rua
Descendo devagarinho
Curtindo o axé
Andando soltinho
Passando pelos becos e ruas
Livre como um passarinho
Ele não tem mãe nem pai
Nunca recebeu carinho
E para viver roubava à igreja
Aquele dinheiro no pé do santinho!
Outros dias sem ter o que comer
Ia para o mar, pescar um peixinho,
Esse negrinho soltinho
Que não tinha certidão de nascimento
Existia e se chamava brasileirinho
Esse negrinho soltinho
Representa tantos outros
João, Raimundo, Pedrinho,
José, Francisco, Manoelzinho,
Mas que não passam despercebidos
Eles vivem nas ruas pedindo um pãozinho
Roubando aqui e ali para comprar comida
Ou simplesmente para ter um dinheirinho
O pobre, mendigo, brasileiro, negrinho.



sexta-feira, 20 de abril de 2018

Complexus

Não se sabe,
Na poeira da lembrança
Não existe esperança
Apenas grãos e vento
Que flutuam e se vão
Para onde não se consegue
Imaginar onde estão
Viajamos para longe um do outro
Se nada soubéssemos
O amor era nosso
Éramos como crianças
Que simplesmente amam
Ao calor do verão
Ao frio do inverno
Que vibram ao ver gol
Simplesmente são simples
Sutilmente vivenciam os dias
E serenos seguem pra sempre na imensidão
E um dia se destroem
Ao final de tudo
Não se sabe aonde ou como.

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sexta-feira, 13 de abril de 2018

O quê?

Conforme a vida passa os adultos fervem
As crianças amam
Nós conseguimos viver quase em paz,
Antes de nós era eu
E bem:
Nada de chicletes ou fraudas
Queria guitarra, consegui violão,
Incrível o mundo,
Conspiração de milhões em colapso
Deus em toda sua humildade observa,
Seu filho, espera ate voltar,
Outros nem acreditam
Camicaze, cerveja, futebol, astros, filmes, series e hipnose,
Textos inacabados, livros,
Por fim deveria
A vida é estranha para quem ainda não acostumou.

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sexta-feira, 6 de abril de 2018