sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

DorAlice

Apesar da vida que não havia,
A pobre garota confusa vivia
Ou simplesmente sobrevivia
Na desordem de ordem
Da matéria que lhe compõe,
E a vida de morte que ela dispõe
Sem o direito de escolha
Doralice está morta

Na vida que vive outra pessoa.



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Autores: Emanoel Carvalho e Marcelo Souza

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Depressão

Rasgo minha carne
Com repúdio à vida
Por simplesmente estar aqui
Por causa dessa dor
Que me consome
Que me maltrata
Que me tira à fome
O sono, os sonhos,
A alegria e os sorrisos
E fico assim
Como se nada fosse lógico
Como se tudo
Não passasse de bobagem
Nada importa
Nenhum sentimento
Nenhuma pessoa
Elas se transformam
Em monstros desgraçados
Que não estão nem aí
São como a chuva que cai
Apenas cai sem sequer
Saber por que ou como
Apenas vão
Seguindo fielmente
O seu caminho
Que as aprisiona
Dentro de si mesmas
Nem o amor que dizem
Ser tão especial e belo
Dentre todos os sentimentos
Não faz o menor sentido
Nem poderia.

Dedicado a uma amiga.



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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Do contra

Eu estou no lado oposto
Ao outro lado
Que não é o lado certo 
E nem é o lado errado

E queria mesmo era estar 
Naquele lugar do caralho
Onde tudo se pode brincar
E tudo se pode fazer

Sem ter necessariamente que 
Ser morto por um louco fardado,
Fardado ao incômodo 

De ter que cegamente obedecer 
A qualquer outro louco pirado 
Que estiver no poder.




segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O rock do vinil

Se olha, e vê
Finge que não viu
Passa por mim indiferente
Parece que amor nunca sentiu
Não lembra das tardes
Que passamos ouvindo o rock do vinil
Hoje teu cigarro importa mais que eu
Fui esquecido no meio dessa fumaça
Tudo por causa de uma mentira vil
Foi acreditar nos outros
E apenas se feriu
Esqueceu do nosso amor
Que outrora sei que sentiu
Bebe mais um copo
E se delicia nesse Whisky barato
Sofrendo por causa daquela mentira vil
Pois eu continuo a minha vida
Passando os dias ao lado de outra, uma querida,
Ouvindo o rock daquele velho vinil.



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sábado, 3 de fevereiro de 2018

História de um encontro

Quando você me pegar
Quero que pegue com vontade
Mas peço que me trate bem
Sem nenhuma maldade

Olha escolha uma roupa bonita
Pode ser só um vestido
Nos pés uma sandália
E no cabelo uma fita

Não fique envergonhada
Mas quando chegar seja discreta
Entre pela porta da frente
E me traga uma rosa cheia de pétalas

Convide-me para sair
Seja bem carinhosa
E antes de mais nada
Extremamente respeitosa

Pois saiba que irei com você
Aonde quer que me carregue
Lembre-se de uma trilha sonora
Um rock, blues, quem sabe um reggae

E depois de toda preparação
Contente por ter vivido tanto
Mesmo com alegria e com pranto
Te entregarei meu coração

Enfim ó morte irei com você querida
Sem choro nem mágoa
Na sua carruagem alada
Para conhecer a outra vida.





Por: Emanoel Silva Carvalho

A freira na feira

A freira foi
Fazer a feira
Na barraca
Do frei
Pediu pra
Fritar frango
Pra comer
Com farofa
Mas fritura
Faz mal
Framboesa não
Nem figo
Então comprou
Frutas frescas
E a freira
Saiu da feira
Com
Frias
Frutas
Frescas...



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Flor

O quão bela é uma flor!
Que na sua suavidade
Atrai tantos admiradores
Atrai todos os olhares
Estas flores meigas
Tão lindas e diferentes
Que tantas vezes mortas
Se tornam presentes
Para conquistar um amor
Para ficar de enfeite
Para trazer cheiro e frescor
Não deviam ser cortadas
Pois na sua suavidade
Vão ficando amordaçadas
Vão definhando, morrendo
Às vezes destroçadas
É um ser gentil
De beleza inigualável
Não faz mal a ninguém
Deveria ser inviolável.



Por: Emanoel Silva Carvalho Visite-me em: www.recantodasletras.com.br